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domingo, 16 de janeiro de 2011

Artigo: Tendência a abandonar a mídia física


Desde o começo dos videogames de mesa as caixinhas vendidas em lojas autorizadas e de revenda, que continham o antigo cartucho, o CD, o DVD e o atual Blu-Ray no PS3 são o modo de difusão mais usado. O meio físico sempre esteve presente como canal transmissor entre os desenvolvedores e os jogadores, quem não se lembra de ter ficado, por diversas visitas, 'namorando' um título especifico antes de comprar?




O mundo gamer se limitava ao físico, porém com o desenvolvimento do Dreamcast a tentativa de se conectar na recém [quase] popularizada internet tornou-se uma tendência para as criadoras de hardware. A tentativa do console da Sega não surtiu muito efeito, já que até o Dreamcast não conseguiu muita fama em sua vida útil. Apenas na próxima geração como o estrondoso sucesso do Play2, que por acaso tinha algumas funcionalidades On-line, que a tendência se consolidou.

Nesta atual sétima geração de consoles, começada em 2005 com o XBOX 360, a conectividade é um dos pontos essenciais para o fator 'centro de atividades' em que os mais recentes videogames estão se transformando. Pensando bem, se vocês forem reparar a atual tendência é que os consoles vão transformando-se em computadores pela gama de possibilidades de uso.

Esta interação com a internet fez com que em 2008 ocorresse um boom em uma área que antes pouco se mostrava, a dos produtores independentes, devido às facilidades de se vender digitalmente os títulos. Nesses dois últimos anos o número de games disponibilizados apenas pelas redes está crescendo, tanto que até grandes desenvolvedoras estão apostando em oferecer seus grandes joguinhos por download.

Basicamente diversos gastos são evitados em embalagem, distribuição e impostos, algo que permitiu que jogos ótimos aparecessem com preços diminutos. Só o preço de produção diminuir já é um grande atrativo, porém algo maior foi notado quando se usa a Distribuição Digital: a pirataria fica mais difícil! Em plataformas como o PC, os portáteis sofrem também deste mal, isto torna-se mais evidente, a percepção disso fez com que as produtoras escolhessem este caminho para assegurar seus lucros, correto? Tudo bem que a pirataria ainda é grande, mas, com certeza, as proporções estão diminuindo.

Com a impossibilidade de pirateiros comprarem/baixarem uma vez o jogo e venderem milhares de vezes, muitos novos hardwares estão vindo sem drive ou entradas. Consoles como o novo ZEEBO e o PSPGo mostram isso. Se o cenário não mudar, talvez as indústrias optem por esse modo, para que os direitos autorais não sejam violados.

Algo que também alguns jogadores, inclusive os nossos [brasileiros], devido as altas taxas tributárias no país, também preferem. Comprando on-line, impostos de manuseio e preço de produção são evitados, fazendo os jogos terem um preço mais razoável diante dos abusivos preços atuais.

Outra iniciativa que talvez piore/melhore este quadro, dependendo da sua opinião, é o chamado ONLIVE. O burburinho inicial sumiu, mas o projeto está em fase de testes, até onde eu sei. Jogos com alta qualidade gráfica poderiam ser jogados em casa com apenas um aparelhinho que se conecta a um servidor maior, onde os dados dão processados.

Neste sistema, a imagem seria processada a distância e só seria mandada à sua TV, a única coisa em que o jogador faria é mandar os comandos. Na teoria parece ser algo grandioso, pois o consumidor não deveria gastar centenas de dólares em um console. Só não funcionará ainda, devido à baixa capacidade da INTERNET atual, quesito que separaria muitos jogadores da novidade.

Se a onda insana de pirataria não cessar, é este o mundo gamer que veremos amanhã. Este caminho tomado pelo mundo fará com que as indústrias decidam pela mercadoria digital, para que ganhem seu merecido dinheiro em direitos autorais. Quem prefere a mídia talvez não tenha escolha, e talvez os discos virem história assim como os cartuchos o são hoje. Os revendedores de jogos e desenvolvedores de hardware vão segurar a barra, mas se nada mudar a transição vai ser inevitável. Talvez seja esse o futuro dos games!
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Até a próxima conectada!!!

Um comentário:

  1. Isso é realmente muito interessante! Vender digitalmente é um bom negócio mesmo, sem gastos adicionais.

    Eu espero um dia que o Brasil resolva esse problema da pirataria!

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