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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Artigos: Crescimento Casual


Todos sabemos que o console XBOX 360, da empresa do magnata Sr. Gates, inaugurou a chamada sétima geração de videogames em 2006. Só que mais tarde neste mesmo ano a Nintendo resolveu colocar nas prateleiras o sucessor de seu, as vezes esquecido, GameCube, o [posteriormente] quinto console mais vendido de todos os tempos: Nintendo Wii.

De longe o mais comprado da geração, com 84 milhões de unidades vendidas até 2010 por todo o mundo! Para se ter uma idéia, a somatória de vendas da concorrência (Sony e Microsoft) não atingem este número. Mas porque que, em plena era da modinha High Definition, o console mais fraco em hardware conseguiu este sucesso arrasador?




Para todos os puristas de plantão que não quiseram se inteirar nestas novidades, ou todos que trabalharam/estudaram demais nesse últimos anos, ou àqueles que decidiram viver eremiticamente em uma caverna profunda e escura nas montanhas do Peru, ou aquele que, na pior das hipóteses, foi congelado acidentalmente junto com o Walt Disney e tão acidentalmente quanto foi descongelado no dia de hoje, para ver na sua primeira navegação na internet o WorkGamesBrasil, sem entender lhufas do que diziamos... para todos esses, digo apenas "preparem-se que eu vou contar a revolução que se sucedeu!"

Os joysticks transformaram-se em coisa do passado, agora os games podiam ser jogador com movimentos captados com uma espécie de tecnologia empregando velocimêtros... UAU!!!! Nada que os mais atentos (aqueles que não estavam num estado de comatose em relação ao mundo exterior) não tivessem percebido!

Combinações complicadas de apertos de botão não precisariam ser mais decoradas, você só tinha que fazer um movimento 'igual' ao da vida real e Voilá! você fazia na tela. Tamanha foi a revolução que hoje tanto a super-câmera Kinect da Microsoft e a 'cópia'-com-outra-tecnologia, Move, da Sony tiverem que ser lançados, para que ainda mais espaço não fosse roubado pela Big N.

Apesar dos jogadores hardcore protestarem, e muito, com a nova forma de jogar, nada pode ser feito para impedir seu alavancamento. Não que os joystickeiros não recebessem jogos com os comandos clássicos, nem nada, já que estes ainda são maioria... mas o verdadeiro diferencial desta geração é a aparição dos controles por movimento.

O maior resultado foi sem dúvida o crescimento absurdo proveninte desta 'evolução', demonstrada pela Nintendo passando do sem-ruela da sexta geração, GameCube, ao best-seller da sétima, Wii. Com a facilidade de se jogar, uma parcela antes trouxa (não-gamer - refêrencia a Harry Potter) começou a se interessar pelo entreterimento eletrônico... que situa a alma desta postagem.

Após o sucesso estrondoso do Wii ocorreu um boom dos jogos casuais, games que revivem (de certa forma) a alma dos clássicos antigos, quando jogos eram jogos e não filmes interativos, quando possuiam o único intuito de divertir o usuário. Nesta época não era incomum ver várias pessoas de todas as idades personalizando seu Mii e lotando consoles por todo o mundo com seus avatares.

A facilidade de entrar e sair de um jogo, de não ter que se preocupar com histórias complexas de espionagem/contra-espionagem/salvação/afins (como Metal Gear ^^), de jogabilidade fácil e de fácil personalização, fez com que muito mais pessoas tivessem contado com nosso tipo de arte. Tantas pessoas tiveram contato que agora, mais que nunca, o videogame mostra que está crescendo em relação à música e ao cinema, tamanha a escolha das pessoas por esta forma de lazer.

Atualmente o estardalhaço inicial se foi, já que revoluções maiores foram conseguidas com o recente Kinect, mas resquícios deste fenômeno imperam no nosso cotidiano. Tanto o sucesso do FarmVille no Facebook como do Angry Birds nos IPods mostram isso... sites de relacionamentos agora seguram-se nesta região dos chamados [erroneamente] "Jogos Sociais" e os celulares não podem existir sem joguinhos que destraiam as mentes corridas de seus usuários.

Uma coisa é certa: os casuais vieram para ficar, e são muito divertidos... casualmente! E não se discute a ajuda que deram à indústria, que não pára de crescer. Só cabe agora aos jogadores hardcore rezaram apenas por uma coisa: que os casuais não transformem-se no carro chefe das desenvolvedores, que se assim for, os filme/jogos, tramas complexas, dramas interativos e os grandes clássicos sumirão no limbo do esquecimento... assim como a música orquestrada hoje, época da fase pop da história da música, tem um público muito fechado, restrito e diminuto.

Mas não sejamos totalmente pessimistas, atualmente uma relativa parcela desses novos gamers começa a enjoar dos joguinhos casuais e mini-games. Já que a semente gamer já está plantada, isto os faz procurar por, talvez, uma experiência mais substancial e mais sólida das que já viu... abrindo um 'novo' mercado consumidor às desenvolvedoras e sendo talvez um grande triunfo para os grandes games, tanto clássicos atuais como os das primeiras gerações (ou meio que ambos, como o Mario Galaxy).
Minha opinião é que o público vai ficar entre os dois, um pouco continuará com os casuais e outro procurará um aprofundamento, é este o crescimento que mais traria beneficios a comunidade! Aumentando o desenvolvimento casual e persistindo com a produção dos grandes títulos! Algo que mostra, com certeza, os possíveis prós e contras dos rumos dos games!

E você leitor? Concorda? Discorda? Sinta-se a vontade para opinar sobre o assunto ou a dar apenas uma aprovação (ou não) a este tipo de postagem no nosso BLOG. Falem do que gostam, do que querem ver, se está bom ou se está ruim, deem idéias e opinem... com a sua ajuda o WorkGamesBrasil só tem um caminho a percorrer: crescer e melhorar!

Esta foi uma postagem 'comemorativa' pelas 2000 visitas do BLOG... detalhe que a pouco mais de um mês estávamos com 1000 visitas marcadas. Obrigado, leitor, por nos ajudar a manter o WorkGamesBrasil saudável e a dobrar nossa vontade em continuá-lo mais e mais!
Até próxima, gente!!!


* ADENDO: Acho que só usuários do UOL podem ver, mas tentem aí dar uma olhada nesta matéria do Seth Schiesel do New York Times para verem que não sou só eu que tem esta opinião. Claro que o que ele escreveu é muito mais completo e cheio de informações! ^^ Mas reparem nas idéias similares!

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